domingo, 27 de novembro de 2011

"O seu, a seu dono" - reflexão sobre o m-learning

Quando pensei no caminho que deveria tomar a minha reflexão sobre o m-learning, confesso que o que me assomou de súbito foi esta frase, “O seu, a seu dono”, tão amplamente utilizada pelo povo.

De facto, o que pretendo clarificar é existe hoje, no processo de ensino/aprendizagem, espaço para diferentes e variados ferramentas de trabalho, na qual o m-learning também encontra eco. Quero com isto dizer que o PC, o PDA, o TABLET, o TELEMÓVEL podem assumir-se enquanto diferentes plataformas de aprendizagem que ao invés de se sobreporem umas às outras, se podem complementar.

É certo que o conforto proporcionado pela utilização de um pc portátil é indiscutível, mas a utilização de diferentes ferramentas depende do contexto em que as utilizamos e em particular do espaço em que ocorre essa aprendizagem. A mobilidade e a ideia que temos dela, parte do pressuposto que quanto mais “pequeno”, maior é a mobilidade que conseguimos. Senão vejamos, torna-se mais fácil desenvolver  aprendizagem, durante uma viagem de autocarro ou metro, ou sentados no paredão à beira-mar, utilizando um telemóvel, ao invés de utilizar um PC. Por outro lado, a utilização do PC numa biblioteca poderá ser mais adequada. Então, como já disse anteriormente, cada coisa no seu lugar. O seu, a seu dono.

Por outro lado, devemos pensar que a utilização de dispositivos móveis de menor dimensão, devemos ajustar o desenvolvimento de micro-atividades e o conceito deve ser esse mesmo – atividades mais reduzidas, com ficheiros mais reduzidos e que prevêem atividades micro mas igualmente potenciadoras de aprendizagem.

Micro-atividade m-learning

Tendo como base as questões colocadas nesta micro-atividade, procurarei dar uma resposta adequada a cada uma delas.

1 - a imagem era suficiente para a compreensão das fases do m-learning?
Deduzo que o esquema (imagem) possa ter sido construído a partir do áudio produzido. Ou seja, penso que ambos os instrumentos se complementam, e o áudio acrescenta alguma informação adicional ao esquema. São clarificadas cada uma das fases do mobile learning 
2- os conteúdos áudio são de mais fácil leitura e compreensão do que os conteúdos em formato texto, nos dispositivos móveis? Permitem um maior sucesso na aprendizagem móvel?
Continuo a achar que neste caso particular ambos os conteúdos se complementam, pese embora entender que um poderia perfeitamente funcionar sem o outro. Ou seja, era fácil chegar às mesmas conclusões com apenas qualquer um dos conteúdos. No entanto, quanto à mobilidade, penso que será melhor conseguida com o dispositivo áudio.
3 - qual a sua opinião sobre cada uma das fases do m-learning?
Relativamente às fases descritas do m-learning, entendo que não são fases estanques, com princípio e fim, mas sim que as três têm sido o resultado de uma evolução natural do processo. Quero com isto dizer que apesar de agora estarmos supostamente na fase 3 que as outras fases se encontram igualmente subjacentes ao processo e que suportam igualmente a última fase. De facto, tendo em conta cada uma das fases descritas, a última é, a mais abrangente e a que mais eficazmente consegue dar resposta ao que hoje se pretende do m-learning.

sábado, 19 de novembro de 2011

Bibliografia anotada II - Web 2.0, Personal Learning Envionments, and the Future of Learning Management

Scatler, Niall. Web 2.0, Personal Learning Environments, and the Future of Learning Management Systems” (Research Bulletin, Issue 13). Boulder, CO: EDUCAUSE Center for Applied Research, 2008, disponível em: http://www.educause.edu/ecar.

Descrição: Este paper apresenta os argumentos que vão sendo revelados aqui e ali na blogosfera, quer pró quer contra os LMS (Learning Management Systems). Coloca em evidência até que ponto os LMS estão destinados a continuar a ser os primeiros meios de organizar a experiência e a aprendizagem online. Salienta ainda pontos de vista diferenciados relativamente à utilização de ferramentas na aplicação do PLE. São apresentadas diferentes perspectivas de diferentes autores sobre a forma como é feita a utilização do PLE pelos estudantes e a forma como se sobrepõe ao LMS.

Avaliação: O paper é importante na medida em que coloca em confronto opiniões distintas sobre a utilização do PLE em contexto de aprendizagem e na medida em que perspectiva a integração das funcionalidades do LMS em sistemas sociais, como o Facebook, uma vez que assistimos nos últimos tempos à extrema valorização da vertente social da internet.

BIBLIOGRAFIA ANOTADA I - Personal elearning Environments

Attwell, G. (2007). Personal elearning Environments - the future of eLearning?. Elearning papers, 2 (1),1-8.


DESCRIÇÃO: O artigo explora algumas ideias subjacentes ao Ambiente de Aprendizagem Pessoal e refere por que é que os PLE’s podem ser o centro da aprendizagem, no futuro. O texto refere ainda como é utilizada presentemente a tecnologia, na aprendizagem e reconhece ao indivíduo o seu papel na organização da sua aprendizagem. Parte-se da ideia de que a aprendizagem toma lugar em diferentes contextos e resulta da participação de vários intervenientes. Paralelamente é reconhecida a importância da aprendizagem informal bem como a mais-valia do software social. No final do artigo é ainda revelado de que forma os PLE’s podem ser utilizados no futuro.
AVALIAÇÃO: O artigo torna-se particularmente importante na medida em que salienta a importância dos PLE’s e a forma como contribuem para o desenvolvimento da aprendizagem na sua vertente mais social e na medida em que responsabiliza cada um dos atores nesse processo.

My PLE (Personal Learning Environment)

A apresentação deste trabalho decorre de uma tarefa (1B),  proposta pelo professor José Mota, na Unidade Curricular de Processos Pedagógicos em Elearning.
Numa primeira fase procedi à leitura das orientações detalhadas disponíveis para a atividade, bem como consultei a bibliografia disponível. Esta bibliografia e pesquisa bibliográfica foi ainda enriquecida com outras pesquisas, conforme se dá conta na bibliografia mais abaixo.


MY PLE

“… a Personal Learning environment was not an application. A PLE is comprised of all the different tools we use in our everyday life for learning.”
Graham Attwell

Assumindo como ponto de partida para a apresentação do meu PLE, esta afirmação de Attwell (2007), desde logo aferimos uma primeira definção de PLE. Na realidade, PLE, refere-se as todas as ferramentas e mecanismos utilizados na aprendizagem, que dizem respeito à nossa formação / aprendizagem, quer em contexto mais formal ou mais informal, que no ensino em presença, quer à distância.
Assim, desenvolvi o meu PLE apenas considerando o ambiente virtual, pese embora noutros contextos utilizar outros recursos, como livros, enciclopédias, textos impressos...)


De acordo com a apreentação, fiz uma recolha e refleti sobre as ferramentas que utilizo de forma mais ou menos corrente quer no plano profissional quer no plano académico, no curso de mestrado que me encontro a frequentar.
COLABORAÇÃO
Relativamente a este tópico, selecionei as ferramnetas Wikispaces e Pbworks, já utilizadas algumas vezes em contexto de aprendizagem, neste mestrado, Enquanto ferramentas que desenvolvem o trabalho colaborativo têm potenciado as tarefas de gruo porpostas em algumas Unidades Curriculares.

PRODUÇÃO / EDIÇÃO
As mais utilizadas são, em primeira instância, as disponíveis no Office, edição de texto, folha de cálculo, apresentação, gestão de correio eletrónico, edição vídeo entre outras. Estas ferramentas são commumente utilizadas quer em contexto profissional, quer em contexto académico. Quanto à ferramenta "Audacity", apenas recentemente está a ser explorada por necessidade noutra Unidade Curricular.

PESQUISA
Quanto à pesquisa e no que se refere aos motores de busca normalmente utilizados, saliento o Explorer e mais recentemente o Opera. Por outro lado, a pesquisa é complementada quase sempre com a utilização do Google como motor de busca em primeira instância.

PARTILHA
Igualmente em contexto académico, as ferramentas de partilha como o Slideshare, Google docs, Scribd, têm-me proporcionado o acesso a nova informação, a consulta de repositório de documentos e embora ainda não tenha efetuado a partilha de documentos meus, penso que é uma ferramenta que irei continuar a utilizar no futuro, com essa função.

COMUNICAÇÃO
Na comunicação destaco as ferramentas Skype, Messenger, Secondlife e Sapo mail, todas utilizadas quer em contexto profissional, quer académico. Saliento que ainda que, com diferentes finalidade, as mais utilizadas são o Messenger e o Sapo mail.

SOCIALIZAÇÃO
De facto neste tópico apenas destaco o Twitter e LinkedIn porque não tenho conta no Facebook e não o utilizo. Quanto ao Twitter, embora a sua utilização tenha surgido em contexto académico, tenho, nas últimas semanas utilizado o Twitter e descobri que pode revelar-se uma excelente ferramenta de comunicação.

PUBLICAÇÃO
Para a publicação de documentos e tarefas utilizo o blog em contexto académico. Igualmente em contexto profissional utilizo o blog e esta ferramenta tem sido muito explorada nos últimos anos.

RECOLHA DE INFORMAÇÃO
Na recolha de informação, utilizo frequentemente a consulta de webpages, blogues, wikipédia e outros repositórios de informação, como o youtube.

ENSINO / APRENDIZAGEM
O Moodle é uma plataforma utilizada quer em contexto académico quer em contexto profissional. Está amplamente divulgada e é uma ferramenta que utilizo diariamente em diferentes contextos.

Finalmente, referir ainda que fazem parte do PLE igualmente o computador, o telemóvel com os quais acedo à informação em ambiente virtual.



BIBLIOGRAFIA
Attwell, Graham (2007), Personal Learning Environments, the future of Elearning?, eLearning papers, vol 2, n.º 1, January 2007.


Downes, Stephen (16-10-2005). e-Learning 2.0. eLearn Magazine. http://www.readability.com/articles/ienxzeck


Morgado, Lina (2011), The Networked Class in a Master’s Program: Personalization and Openness Through Social Media. In: Charles Wankel (ed.) Educating Educators with Social Media (Cutting-edge Technologies in Higher Education, Volume 1). Emerald Group Publishing Limited, pp.135-152. http://tinyurl.com/6ehwm5r.

Mota, José (2009). Personal Learning Environments: Contributos para uma discussão do conceito. In Educação, Formação & Tecnologias, vol.2 (2); pp. 5-21, Novembro de 2009.
http://eft.educom.pt/index.php/eft/article/view/105/66.









domingo, 13 de novembro de 2011

Reflexão sobre o texto - Using a wiki to evaluate individual contribution to a collaborative learning project

G. Trentin
Istituto Tecnologie Didattiche, Consiglio Nazionale delle Ricerche, Genova, Italy

No início do texto somos logo chamados à atenção para a importância da dimensão social que a aprendizagem colaborativa desenvolve consigo. Neste novo contexto, a aprendizagem colaborativa é fortemente implementada pela utilização das wikis como forma de desenvolvimento do trabalho, uma vez que permite o constante aperfeiçoamento do texto e dos conteúdos que são colocados.

Devidas às dificuldades encontradas pelo professor na avaliação da participação escrita e aprendizagem colaborativa no desenvolvimento da wiki, o texto desenvolvido por Trentin pretende ser um contributo para esse entendimento.

ESCRITA COLABORATIVA E APRENDIZAGEM COLABORATIVA | O processo de escrita colaborativa estimula a reflexão, partilha de conhecimentos e pensamento crítico. Como este é um processo desenvolvido de forma assíncrona, os alunos têm maior oportunidade de rever o texto, de reflectir sobre o trabalho desenvolvido, desenvolvendo ainda mais as suas competências. No entanto, como qualquer processo, surgem também alguns obstáculos no processo de avaliação dos alunos, como a dificuldade da avaliação da contribuição de cada um para o desenvolvimento do artefacto produzido pelo grupo e nível de progressão de cada elemento.


WIKIS, ESCRITA COLABORATIVA E AVALIAÇÃO| Salienta-se o estudo desenvolvido sobre Network Technology e Desenvolvimento dos Recursos Humanos, levado a cabo pela Universidade de Turim. Numa segunda fase do estudo pretendeu-se uma distribuição equitativa de tarefas pelos elementos do grupo, estimulando cada participante a participar em cada momento da construção do trabalho.

DESENVOLVIMENTO DO TRABALHO UTILIZANDO A FERRAMENTA WIKI | A escrita colaborativa exige a organização do trabalho e o cumprimento de diferentes etapas para que o trabalho consiga equidade na sua distribuição.

a)       Numa primeira fase, o estudo individual dos materiais sugeridos de acordo com o tema e palavras-chave fornecidas pelo professor;

b)       Planificação conjunta do trabalho e divisão de tarefas. Definição do layout da homepage da wiki;

c)       Desenvolvimento das tarefas e das várias partes da wiki;

d)       Criação de links entre páginas e tópicos desenvolvidos de forma individual para que todos tenham conhecimento do texto dos outros;

e)       Peer review . partilhada por todos os elementos do grupo. É até desejável que uns leiam a parte de outros e procedam às respectivas correcções.


AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM COLABORATIVA | São observados todos os contextos em que se desenvolveu o trabalho, quer numa vertente mais individual, quer mais colectiva. Torna-se importante a avaliação do processo de avaliação e níveis de contribuição. A avaliação individual da contribuição do aluno tem em conta quatro vertentes: a sua participação no fórum utilizado para a fase de planeamento, a revisão pelos pares, o desenvolvimento das ligações wiki e o desenvolvimento do conteúdo.


CONCLUSÕES DO TEXTO DE TRENTIM | O planeamento de uma atividade de avaliação implica a definição dos objectivos da avaliação, os meios e ferramentas para realizá-la e a forma de análise dos resultados obtidos, isto numa perspectiva transversal a qualquer modalidade de avaliação. No entanto, numa atividade de escrita colaborativa há, de acordo com o autor, três elementos a serem avaliados: o produto da escrita colaborativa, o processo implementado pelo grupo e a aprendizagem dos conteúdos disciplinares.

Reflexão sobre o texto: “Nova ferramenta de Avaliação de Trabalho Colaborativo na Plataforma Moodle”

Autor: Álvaro Reis Figueira [Departamento de Ciências dos Computadores / Faculdade de Ciências da Universidade do Porto]

De acordo com a introdução apresentada sobre o próprio autor, no artigo são descritas as ferramentas de trabalho disponíveis na plataforma Moodle bem como è feita referência ao processo de avaliação (trabalho de grupo) que decorre do trabalho colaborativo.
Em primeira instância, o autor do artigo elenca um conjunto de vantagens potencialidades acerca do trabalho de grupo, conforme se apresenta no Quadro resumo seguinte:


Avaliação do trabalho de grupo (aspetos a considerar)

a) definição clara e objetiva dos critérios de avaliação
No início da atividade é importante uma boa definição dos critérios de avaliação para que os alunos desenvolvam as atividades, de forma consciente e com a noção clara do "peso" que cada elemento / tarefa tem na sua avaliação. Desde que muito bem calrificada, não qualquer problema por parte do aluno em aceitar as "diferenças" que possam surgir entre os diferentes elementos do grupo.

b) avaliação do processo e do produto
O segredo da avaliação do processo passa por "saber como o grupo se organiza, trabalha e interage."
A base da avaliação entre pares aceita na recolha de opiniões e avaliação que cada elemento do grupo faz dos restantes elementos (avaliação entre pares). Para o autor, este procedimento apresenta vantagens na medida em que envolve os alunos numa reflexão crítica e aumenta a sua autonomia.
Como a avaliação do trabalho de grupo, nem sempre é um processo pacífico, mas sim revelador de alguma controvérsia, o Oxford Centre for Staff and Learning Development sugere que este possa ser avaliado numa destas 7 formas:

01
todos os alunos recebem a mesma nota;
02
para tarefas diferentes, notas diferentes;
03
a nota é multiplicada pelo número de alunos e esta é distribuida pelos alunos do grupo, de acordo com determinadas variáveis;
04
semelhante à indicação anterior, mas "balizada" pelo professor;
05
cada aluno recebe a nota do trabalho de grupo e uma pontuação extra por uma tarefa extra;
06
cada aluno recebe uma nota de grupo que é depois ajustada após a reflexão com os seus pares e professor;
07
cada grupo recebe a nota de grupo e é feita depois a diferenciação num exame, com questões sobre o trabalho de grupo.

Trabalho colaborativo no Moodle
A plataforma moodle permite o desenvolvimento de tarefas inter pares através de pequenas aplicações ou ferramentas disponibilizadas dentro da própria plataforma, como são a própria criação de grupos, os chats, fóruns de discussão, as wikis, a participação em workshops.
Por fim o autor propõe uma avaliação em que haja não só a avaliação do produto obtido pelo grupo, mas que haja uma participação mais efetiva dos elementos do grupo nessa avaliação.
É por isso que entendo que o trabalho de grupo não é um fim em si mesmo, mas um meio que, juntamente com outros meios de avaliação contribuem para a avaliação do aluno. Parece-me que não podemos assentar toda a avaliação apenas no trabalho de grupo, mas por outro lado, que este seja apenas mais um contributo.

domingo, 6 de novembro de 2011

Fluxograma de Investigação em Educação

Esta atividade foi desenvolvida no âmbito da UC de Metodologia de Investigação em Contextos Online (MICO).