quinta-feira, 19 de maio de 2011

Para um entendimento da Cibercultura de Pierre Lévy - ESR_05 - @ctividade II

Pierre Lévy,  autor de Cibercultura e de outras obras ligadas ao estudo das tecnologias de informação, consegue estabelecer de forma exemplar, a ligação entre diferentes vertentes do mundo actual: a técnica, a sociedade, a cultura, a educação, numa dimensão virtual, que não é mais do que a base para a compreensão do próprio mundo real.
Partindo destes conceitos, o autor salienta ao longo da sua obra, a importância da técnica e o seu contributo para a compreensão e vivências sociais e culturais. Encarando a cultura numa perspectiva de maior abrangência, Lévy estabelece paralelismo entre este novo espaço permitido pelas novas tecnologias, o ciberespaço e potencia-o como espaço privilegiado de comunicação e socialização.
O autor cita as artes a cidadania admitindo que ambas são vistas de forma aberta e descomprometida da realidade e dos seus interlocutores. Ainda de acordo com a opinião do autor a interactividade permitida pela utilização da Internet e das novas tecnologias, coloca em questão e obriga-nos a repensar a forma como colocamos em prática o modelo da escola tradicional, assente no eixo professor / aluno e na sua natural reciprocidade.
É evidente o distanciamento que procura deixar evidente relativamente às potencialidades da internet e da sua vertente comercial e reitera a ideia de que esta deve ser uma valência assumidamente comunitária.
A internet traz consigo um sem numero de novas oportunidades, que nos coloca em casa, o mundo global que tanto apregoámos no passado, mas ao mesmo tempo, tornou mais ténues as barreiras de ordem social, cultural e até físicas a que sempre nos habituámos.
Lévy sai então em defesa do mundo virtual, do ciberespaço, avaliando esta nova dimensão como um excelente motor de comunicação, interactividade e que permite a revalorização da própria sociedade cultural.
É na crença destes valores que assenta a filosofia de Lévy. Ao contrário do que é vaticinado por inúmeros sociólogos, politólogos, antropologistas, a cultura cibernauta arrasta consigo benefícios maiores capazes de valorizar ainda mais a dimensão humana.
Lévy afirma mesmo que o ciberespaço actua como uma espécie de veículo informativo, onde cada indivíduo, durante os actos de acesso e emissão de informações, esboça incondicionalmente a sua cultura, a qual, dadas as proporções, se faz presente em várias partes do globo terrestre. Na perspectiva do ciberespaço, a totalidade se torna inviável porque o fluxo de novas informações é constante. Assim , o ciberespaço não gera uma cultura universal porque, de facto, está em toda a parte, e sim porque a sua forma ou ideia implicam de direito, o conjunto dos seres humanos.
Por estas razões já salientadas, Lévy coloca a cibercultura num plano superior, de serviço à inteligência colectiva e da qual esta se serve para comunicar.
É por isso que incluo, a título de exemplo, os blogues, as plataformas de aprendizagem (com todas as suas valências) e as comunidades de aprendizagem (EaD) como potenciadoras de uma cibercultura. São agentes que potenciam as aprendizagens e troca de saber no mundo virtual e do conhecimento.

domingo, 8 de maio de 2011

Primeiros passos...

Neste espaço, procurarei ao longo do Curso de Mestrado, dar resposta a algumas das iniciativas propostas pelas Unidades Curriculares. Chamei a esta mensagem "Primeiros passos..." porque é isso mesmo que agora inicio. Espero, ao longo desta caminhada, melhorar, não só o aspecto deste blogue, mas aproveitar as suas potencialidades.