quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Entrevista vs Questionário


A entrevista pode revestir várias modalidades. Qual dela é que pensam ser mais afastada do questionário como método de recolha de dados? Que vantagem tem sobre a questionário e em que circunstâncias?

(Enquadramento)


De acordo com Morgan (1988) “a entrevista é uma conversa intencional, geralmente entre duas pessoas, embora por vezes possa envolver mais pessoas, dirigida por uma das pessoas, com o objectivo de obter informações sobre a outra.”

A entrevista pode realizar-se em diferentes contextos (individual, telefónica, em grupo, painel…)


Quanto ao tipo, a entrevista pode ser não estruturada, semi-estruturada, estruturada e clínica.


Entrevista não estruturada – aquela em que o entrevistador propõe um tema, decorrente do fluir de uma conversa e por isso, as questões emergem desse contexto. O guião é um documento escrito com o objectivo de orientar a entrevista. O entrevistador promove, encoraja e orienta a participação do sujeito. Permite ao entrevistador ter uma boa percepção das diferenças individuais de cada entrevistado. No entanto, requer muito tempo para obter informação sistemática e depende bastante do treino do entrevistador. Adequada a um estudo que tenha como objectivo o aprofundamento e a exploração.


Entrevista semi-estruturada – existência de um guião previamente preparado que serve de eixo orientador da entrevista. Não exige uma sequência rígida das questões, permitindo a sua flexibilidade. A entrevista decorre de forma mais ou menos adaptada ao entrevistado. Permite otptimizar o tempo disponível, o tratamento sistemático dos dados e permite introduzir novas questões.

Entrevista estruturada – composta por questões fechadas de modo a obter dados sobre a amostra. Categorização das respostas previamente definidas. A avaliação das respostas durante a entrevista, é reduzida. Este tipo de entrevista facilita a análise de dados e permite a replicação do estudo. A flexibilidade e espontaneidade são reduzidas. Esta entrevista é adequada para um estudo em que o objectivo seja o controlo e a verificação.

(Resposta à questão)

De acordo com a pesquisa efectuada, o tipo de entrevista que mais se afasta do questionário é a entrevista não estruturada, uma vez que permite uma maior abertura e flexibilidade no triângulo: Entrevistador / Questões / Entrevistado.

Penso, então que ambos os instrumentos são adequados quando utilizados em contextos diferenciados. Os dados que uns e outros fornecem são portanto, diferentes e assim sendo dependendo do estudo em causa, poderão ser os mais adequados.

De acordo com a terminologia sugerida por Cohen (2007), concentrando-nos apenas nas possibilidades de questionar e responder que cada um oferece, observamos logo à partida que o Questionário se resume a uma palavra “Limited” e a Entrevista “Extensive”.

domingo, 27 de novembro de 2011

"O seu, a seu dono" - reflexão sobre o m-learning

Quando pensei no caminho que deveria tomar a minha reflexão sobre o m-learning, confesso que o que me assomou de súbito foi esta frase, “O seu, a seu dono”, tão amplamente utilizada pelo povo.

De facto, o que pretendo clarificar é existe hoje, no processo de ensino/aprendizagem, espaço para diferentes e variados ferramentas de trabalho, na qual o m-learning também encontra eco. Quero com isto dizer que o PC, o PDA, o TABLET, o TELEMÓVEL podem assumir-se enquanto diferentes plataformas de aprendizagem que ao invés de se sobreporem umas às outras, se podem complementar.

É certo que o conforto proporcionado pela utilização de um pc portátil é indiscutível, mas a utilização de diferentes ferramentas depende do contexto em que as utilizamos e em particular do espaço em que ocorre essa aprendizagem. A mobilidade e a ideia que temos dela, parte do pressuposto que quanto mais “pequeno”, maior é a mobilidade que conseguimos. Senão vejamos, torna-se mais fácil desenvolver  aprendizagem, durante uma viagem de autocarro ou metro, ou sentados no paredão à beira-mar, utilizando um telemóvel, ao invés de utilizar um PC. Por outro lado, a utilização do PC numa biblioteca poderá ser mais adequada. Então, como já disse anteriormente, cada coisa no seu lugar. O seu, a seu dono.

Por outro lado, devemos pensar que a utilização de dispositivos móveis de menor dimensão, devemos ajustar o desenvolvimento de micro-atividades e o conceito deve ser esse mesmo – atividades mais reduzidas, com ficheiros mais reduzidos e que prevêem atividades micro mas igualmente potenciadoras de aprendizagem.

Micro-atividade m-learning

Tendo como base as questões colocadas nesta micro-atividade, procurarei dar uma resposta adequada a cada uma delas.

1 - a imagem era suficiente para a compreensão das fases do m-learning?
Deduzo que o esquema (imagem) possa ter sido construído a partir do áudio produzido. Ou seja, penso que ambos os instrumentos se complementam, e o áudio acrescenta alguma informação adicional ao esquema. São clarificadas cada uma das fases do mobile learning 
2- os conteúdos áudio são de mais fácil leitura e compreensão do que os conteúdos em formato texto, nos dispositivos móveis? Permitem um maior sucesso na aprendizagem móvel?
Continuo a achar que neste caso particular ambos os conteúdos se complementam, pese embora entender que um poderia perfeitamente funcionar sem o outro. Ou seja, era fácil chegar às mesmas conclusões com apenas qualquer um dos conteúdos. No entanto, quanto à mobilidade, penso que será melhor conseguida com o dispositivo áudio.
3 - qual a sua opinião sobre cada uma das fases do m-learning?
Relativamente às fases descritas do m-learning, entendo que não são fases estanques, com princípio e fim, mas sim que as três têm sido o resultado de uma evolução natural do processo. Quero com isto dizer que apesar de agora estarmos supostamente na fase 3 que as outras fases se encontram igualmente subjacentes ao processo e que suportam igualmente a última fase. De facto, tendo em conta cada uma das fases descritas, a última é, a mais abrangente e a que mais eficazmente consegue dar resposta ao que hoje se pretende do m-learning.

sábado, 19 de novembro de 2011

Bibliografia anotada II - Web 2.0, Personal Learning Envionments, and the Future of Learning Management

Scatler, Niall. Web 2.0, Personal Learning Environments, and the Future of Learning Management Systems” (Research Bulletin, Issue 13). Boulder, CO: EDUCAUSE Center for Applied Research, 2008, disponível em: http://www.educause.edu/ecar.

Descrição: Este paper apresenta os argumentos que vão sendo revelados aqui e ali na blogosfera, quer pró quer contra os LMS (Learning Management Systems). Coloca em evidência até que ponto os LMS estão destinados a continuar a ser os primeiros meios de organizar a experiência e a aprendizagem online. Salienta ainda pontos de vista diferenciados relativamente à utilização de ferramentas na aplicação do PLE. São apresentadas diferentes perspectivas de diferentes autores sobre a forma como é feita a utilização do PLE pelos estudantes e a forma como se sobrepõe ao LMS.

Avaliação: O paper é importante na medida em que coloca em confronto opiniões distintas sobre a utilização do PLE em contexto de aprendizagem e na medida em que perspectiva a integração das funcionalidades do LMS em sistemas sociais, como o Facebook, uma vez que assistimos nos últimos tempos à extrema valorização da vertente social da internet.

BIBLIOGRAFIA ANOTADA I - Personal elearning Environments

Attwell, G. (2007). Personal elearning Environments - the future of eLearning?. Elearning papers, 2 (1),1-8.


DESCRIÇÃO: O artigo explora algumas ideias subjacentes ao Ambiente de Aprendizagem Pessoal e refere por que é que os PLE’s podem ser o centro da aprendizagem, no futuro. O texto refere ainda como é utilizada presentemente a tecnologia, na aprendizagem e reconhece ao indivíduo o seu papel na organização da sua aprendizagem. Parte-se da ideia de que a aprendizagem toma lugar em diferentes contextos e resulta da participação de vários intervenientes. Paralelamente é reconhecida a importância da aprendizagem informal bem como a mais-valia do software social. No final do artigo é ainda revelado de que forma os PLE’s podem ser utilizados no futuro.
AVALIAÇÃO: O artigo torna-se particularmente importante na medida em que salienta a importância dos PLE’s e a forma como contribuem para o desenvolvimento da aprendizagem na sua vertente mais social e na medida em que responsabiliza cada um dos atores nesse processo.

My PLE (Personal Learning Environment)

A apresentação deste trabalho decorre de uma tarefa (1B),  proposta pelo professor José Mota, na Unidade Curricular de Processos Pedagógicos em Elearning.
Numa primeira fase procedi à leitura das orientações detalhadas disponíveis para a atividade, bem como consultei a bibliografia disponível. Esta bibliografia e pesquisa bibliográfica foi ainda enriquecida com outras pesquisas, conforme se dá conta na bibliografia mais abaixo.


MY PLE

“… a Personal Learning environment was not an application. A PLE is comprised of all the different tools we use in our everyday life for learning.”
Graham Attwell

Assumindo como ponto de partida para a apresentação do meu PLE, esta afirmação de Attwell (2007), desde logo aferimos uma primeira definção de PLE. Na realidade, PLE, refere-se as todas as ferramentas e mecanismos utilizados na aprendizagem, que dizem respeito à nossa formação / aprendizagem, quer em contexto mais formal ou mais informal, que no ensino em presença, quer à distância.
Assim, desenvolvi o meu PLE apenas considerando o ambiente virtual, pese embora noutros contextos utilizar outros recursos, como livros, enciclopédias, textos impressos...)


De acordo com a apreentação, fiz uma recolha e refleti sobre as ferramentas que utilizo de forma mais ou menos corrente quer no plano profissional quer no plano académico, no curso de mestrado que me encontro a frequentar.
COLABORAÇÃO
Relativamente a este tópico, selecionei as ferramnetas Wikispaces e Pbworks, já utilizadas algumas vezes em contexto de aprendizagem, neste mestrado, Enquanto ferramentas que desenvolvem o trabalho colaborativo têm potenciado as tarefas de gruo porpostas em algumas Unidades Curriculares.

PRODUÇÃO / EDIÇÃO
As mais utilizadas são, em primeira instância, as disponíveis no Office, edição de texto, folha de cálculo, apresentação, gestão de correio eletrónico, edição vídeo entre outras. Estas ferramentas são commumente utilizadas quer em contexto profissional, quer em contexto académico. Quanto à ferramenta "Audacity", apenas recentemente está a ser explorada por necessidade noutra Unidade Curricular.

PESQUISA
Quanto à pesquisa e no que se refere aos motores de busca normalmente utilizados, saliento o Explorer e mais recentemente o Opera. Por outro lado, a pesquisa é complementada quase sempre com a utilização do Google como motor de busca em primeira instância.

PARTILHA
Igualmente em contexto académico, as ferramentas de partilha como o Slideshare, Google docs, Scribd, têm-me proporcionado o acesso a nova informação, a consulta de repositório de documentos e embora ainda não tenha efetuado a partilha de documentos meus, penso que é uma ferramenta que irei continuar a utilizar no futuro, com essa função.

COMUNICAÇÃO
Na comunicação destaco as ferramentas Skype, Messenger, Secondlife e Sapo mail, todas utilizadas quer em contexto profissional, quer académico. Saliento que ainda que, com diferentes finalidade, as mais utilizadas são o Messenger e o Sapo mail.

SOCIALIZAÇÃO
De facto neste tópico apenas destaco o Twitter e LinkedIn porque não tenho conta no Facebook e não o utilizo. Quanto ao Twitter, embora a sua utilização tenha surgido em contexto académico, tenho, nas últimas semanas utilizado o Twitter e descobri que pode revelar-se uma excelente ferramenta de comunicação.

PUBLICAÇÃO
Para a publicação de documentos e tarefas utilizo o blog em contexto académico. Igualmente em contexto profissional utilizo o blog e esta ferramenta tem sido muito explorada nos últimos anos.

RECOLHA DE INFORMAÇÃO
Na recolha de informação, utilizo frequentemente a consulta de webpages, blogues, wikipédia e outros repositórios de informação, como o youtube.

ENSINO / APRENDIZAGEM
O Moodle é uma plataforma utilizada quer em contexto académico quer em contexto profissional. Está amplamente divulgada e é uma ferramenta que utilizo diariamente em diferentes contextos.

Finalmente, referir ainda que fazem parte do PLE igualmente o computador, o telemóvel com os quais acedo à informação em ambiente virtual.



BIBLIOGRAFIA
Attwell, Graham (2007), Personal Learning Environments, the future of Elearning?, eLearning papers, vol 2, n.º 1, January 2007.


Downes, Stephen (16-10-2005). e-Learning 2.0. eLearn Magazine. http://www.readability.com/articles/ienxzeck


Morgado, Lina (2011), The Networked Class in a Master’s Program: Personalization and Openness Through Social Media. In: Charles Wankel (ed.) Educating Educators with Social Media (Cutting-edge Technologies in Higher Education, Volume 1). Emerald Group Publishing Limited, pp.135-152. http://tinyurl.com/6ehwm5r.

Mota, José (2009). Personal Learning Environments: Contributos para uma discussão do conceito. In Educação, Formação & Tecnologias, vol.2 (2); pp. 5-21, Novembro de 2009.
http://eft.educom.pt/index.php/eft/article/view/105/66.









domingo, 13 de novembro de 2011

Reflexão sobre o texto - Using a wiki to evaluate individual contribution to a collaborative learning project

G. Trentin
Istituto Tecnologie Didattiche, Consiglio Nazionale delle Ricerche, Genova, Italy

No início do texto somos logo chamados à atenção para a importância da dimensão social que a aprendizagem colaborativa desenvolve consigo. Neste novo contexto, a aprendizagem colaborativa é fortemente implementada pela utilização das wikis como forma de desenvolvimento do trabalho, uma vez que permite o constante aperfeiçoamento do texto e dos conteúdos que são colocados.

Devidas às dificuldades encontradas pelo professor na avaliação da participação escrita e aprendizagem colaborativa no desenvolvimento da wiki, o texto desenvolvido por Trentin pretende ser um contributo para esse entendimento.

ESCRITA COLABORATIVA E APRENDIZAGEM COLABORATIVA | O processo de escrita colaborativa estimula a reflexão, partilha de conhecimentos e pensamento crítico. Como este é um processo desenvolvido de forma assíncrona, os alunos têm maior oportunidade de rever o texto, de reflectir sobre o trabalho desenvolvido, desenvolvendo ainda mais as suas competências. No entanto, como qualquer processo, surgem também alguns obstáculos no processo de avaliação dos alunos, como a dificuldade da avaliação da contribuição de cada um para o desenvolvimento do artefacto produzido pelo grupo e nível de progressão de cada elemento.


WIKIS, ESCRITA COLABORATIVA E AVALIAÇÃO| Salienta-se o estudo desenvolvido sobre Network Technology e Desenvolvimento dos Recursos Humanos, levado a cabo pela Universidade de Turim. Numa segunda fase do estudo pretendeu-se uma distribuição equitativa de tarefas pelos elementos do grupo, estimulando cada participante a participar em cada momento da construção do trabalho.

DESENVOLVIMENTO DO TRABALHO UTILIZANDO A FERRAMENTA WIKI | A escrita colaborativa exige a organização do trabalho e o cumprimento de diferentes etapas para que o trabalho consiga equidade na sua distribuição.

a)       Numa primeira fase, o estudo individual dos materiais sugeridos de acordo com o tema e palavras-chave fornecidas pelo professor;

b)       Planificação conjunta do trabalho e divisão de tarefas. Definição do layout da homepage da wiki;

c)       Desenvolvimento das tarefas e das várias partes da wiki;

d)       Criação de links entre páginas e tópicos desenvolvidos de forma individual para que todos tenham conhecimento do texto dos outros;

e)       Peer review . partilhada por todos os elementos do grupo. É até desejável que uns leiam a parte de outros e procedam às respectivas correcções.


AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM COLABORATIVA | São observados todos os contextos em que se desenvolveu o trabalho, quer numa vertente mais individual, quer mais colectiva. Torna-se importante a avaliação do processo de avaliação e níveis de contribuição. A avaliação individual da contribuição do aluno tem em conta quatro vertentes: a sua participação no fórum utilizado para a fase de planeamento, a revisão pelos pares, o desenvolvimento das ligações wiki e o desenvolvimento do conteúdo.


CONCLUSÕES DO TEXTO DE TRENTIM | O planeamento de uma atividade de avaliação implica a definição dos objectivos da avaliação, os meios e ferramentas para realizá-la e a forma de análise dos resultados obtidos, isto numa perspectiva transversal a qualquer modalidade de avaliação. No entanto, numa atividade de escrita colaborativa há, de acordo com o autor, três elementos a serem avaliados: o produto da escrita colaborativa, o processo implementado pelo grupo e a aprendizagem dos conteúdos disciplinares.

Reflexão sobre o texto: “Nova ferramenta de Avaliação de Trabalho Colaborativo na Plataforma Moodle”

Autor: Álvaro Reis Figueira [Departamento de Ciências dos Computadores / Faculdade de Ciências da Universidade do Porto]

De acordo com a introdução apresentada sobre o próprio autor, no artigo são descritas as ferramentas de trabalho disponíveis na plataforma Moodle bem como è feita referência ao processo de avaliação (trabalho de grupo) que decorre do trabalho colaborativo.
Em primeira instância, o autor do artigo elenca um conjunto de vantagens potencialidades acerca do trabalho de grupo, conforme se apresenta no Quadro resumo seguinte:


Avaliação do trabalho de grupo (aspetos a considerar)

a) definição clara e objetiva dos critérios de avaliação
No início da atividade é importante uma boa definição dos critérios de avaliação para que os alunos desenvolvam as atividades, de forma consciente e com a noção clara do "peso" que cada elemento / tarefa tem na sua avaliação. Desde que muito bem calrificada, não qualquer problema por parte do aluno em aceitar as "diferenças" que possam surgir entre os diferentes elementos do grupo.

b) avaliação do processo e do produto
O segredo da avaliação do processo passa por "saber como o grupo se organiza, trabalha e interage."
A base da avaliação entre pares aceita na recolha de opiniões e avaliação que cada elemento do grupo faz dos restantes elementos (avaliação entre pares). Para o autor, este procedimento apresenta vantagens na medida em que envolve os alunos numa reflexão crítica e aumenta a sua autonomia.
Como a avaliação do trabalho de grupo, nem sempre é um processo pacífico, mas sim revelador de alguma controvérsia, o Oxford Centre for Staff and Learning Development sugere que este possa ser avaliado numa destas 7 formas:

01
todos os alunos recebem a mesma nota;
02
para tarefas diferentes, notas diferentes;
03
a nota é multiplicada pelo número de alunos e esta é distribuida pelos alunos do grupo, de acordo com determinadas variáveis;
04
semelhante à indicação anterior, mas "balizada" pelo professor;
05
cada aluno recebe a nota do trabalho de grupo e uma pontuação extra por uma tarefa extra;
06
cada aluno recebe uma nota de grupo que é depois ajustada após a reflexão com os seus pares e professor;
07
cada grupo recebe a nota de grupo e é feita depois a diferenciação num exame, com questões sobre o trabalho de grupo.

Trabalho colaborativo no Moodle
A plataforma moodle permite o desenvolvimento de tarefas inter pares através de pequenas aplicações ou ferramentas disponibilizadas dentro da própria plataforma, como são a própria criação de grupos, os chats, fóruns de discussão, as wikis, a participação em workshops.
Por fim o autor propõe uma avaliação em que haja não só a avaliação do produto obtido pelo grupo, mas que haja uma participação mais efetiva dos elementos do grupo nessa avaliação.
É por isso que entendo que o trabalho de grupo não é um fim em si mesmo, mas um meio que, juntamente com outros meios de avaliação contribuem para a avaliação do aluno. Parece-me que não podemos assentar toda a avaliação apenas no trabalho de grupo, mas por outro lado, que este seja apenas mais um contributo.

domingo, 6 de novembro de 2011

Fluxograma de Investigação em Educação

Esta atividade foi desenvolvida no âmbito da UC de Metodologia de Investigação em Contextos Online (MICO).

domingo, 30 de outubro de 2011

Reflexão crítica relativa ao papel do professor em contexto online

“What happens to traditional concepts of classrooms and teaching when we can now learn anything, anywhere, anytime?”

Will Richardson

 Na elaboração desta reflexão crítica sobre o papel do professor online tomou-se em conta a bibliografia / webgrafia sugerida pelo professor, nesta unidade curricular. A revisão de literatura foi ainda complementada com outras pesquisas conforme apresentado no final deste texto.

Teaching in an online context, Terry Anderson
“Community of inquiry” model, Garrison, Anderson and Archer (2000)

De acordo com a sugestão destes autores, a aprendizagem decorrem quando há a integração de três componentes ou “presenças” – Social, Cognitiva e Ensino (professor). A presença cognitiva aponta-nos para uma dimensão em que ocorre o conhecimento e desenvolvimento de competências que fazem despoletar o pensamento crítico. A presença social, engloba todas as referências que permitem ao indivíduo, desenvolver as competências de forma confortável e segura, capaz de dar suporte às outras dimensões em que ocorre a aprendizagem, numa perspectiva de trabalho colaborativo. À falta desta dimensão, os “aprendentes” ficam inibidos de mostrar os seus pontos de vista, de expressar discordância ou concordância sobre determinados temas ou assuntos e obter resposta dos pares e professores. Por último, a presença do professor que neste contexto assume um papel diferenciado do que desempenha na educação formal.

Estes autores salientam ainda o papel que o professor assume neste contexto de aprendizagem em regime e-learning e que a seguir podemos explicitar no esquema 1.
1. O papel do professor (adaptado de Anderson, Rourke, Archer e Garrison (2001)

De acordo com Anderson, a definição dos conteúdos que integram o curso, as atividades de aprendizagem, a definição da avaliação, o estabelecimento do contrato de aprendizagem revelam-se a primeira oportunidade para os professores para marcarem a sua presença no processo de aprendizagem.
Numa fase seguinte, embora continue a envolver o professor na sua consecução, é uma etapa que requer algum cuidado, porque, dadas as hipóteses e as ferramentas disponíveis, cumpre ao professor enquanto mediador, “get the mix right”. Quer isto dizer que a utilização das ferramentas torna-se um fator importante no desenvolvimento da ação. Por outro lado, o equílibrio entre as participações síncronas e assíncronas podem revelar-se igualmente um fator de sucesso. Neste contexto, Anderson descreve ainda que do professor / formador em elearning é esperado que promova a reflexão sobre o trabalho desenvolvido (Facilitating the discourse) e que no início do trabalho dê conta de como se irá processar a avaliação para que todos tomem conhecimento do processo e como se vai desenvolver (Assessment in online learning). É por isso que autor acrescenta que “The online teacher must be able to set and communicate the intellectual climate of the course, and model the qualities of a scholar, including sensitivity, integrity, and commitment to the unrelenting pursuit of truth.
Ainda no seguimento do que acabamos de expor, Salmon (2000) citado no texto de Anderson, descreve o papel e as funções de um “e-moderador”. Neste modelo, o papel do professor é facilitar a aprendizagem. Não “dar-lhe o peixe, mas ensiná-lo a pescar…” como se infere deste provérbio chinês tão amplamenteb utilizado e aplicado.Importa então referir as qualidades de um “e-teacher” conforme são descritas no texto de Anderson e que a seguir se resumem no esquema 2.

2. Competências do e-professor (adaptado de Terry Anderson)

Teaching & Learning in a Networked World, Alec Couros
Alec Couros refere relativamente ao papel do professor nesta nova era de exploração do potencial da internet que é importante ter em conta aspetos como “connect with others” e “create a culture of sharing”. É o mesmo que dizer que são inúmeras as potencialidades que hoje se nos apresentam no e-learning e que a forma como hoje utiizamos a tecnologia é indiscutivelmente diferente daquela como a utlizávamos há uma década atrás. É por isso que, citando Will Richardson “What happens to traditional concepts of classrooms and teaching when we can now learn anything, anywhere, anytime?”, Couros salienta esta emergência das novas tecnologias e a mobilidade que hoje apresentam. Nesta apresentação de Couros é ainda referido o Horizon Report de 2010. São hoje muitas de acordo com o documento, as escolhas e na utilização das tecnologias: “The available choices for staying connected while on the go are many — smart phones, netbooks, laptops, and a wide range of other devices access the Internet using cellular-based portable hotspots and mobilebroadband cards, in addition to wi-fi that is increasingly available wherever people congregate.”
Por isso e de acordo com alguns estudos, nos últimos anos, temos assistido a uma sobreposição de novos gadgets de acesso e transmissão de informação, como são por exemplo os telemóveis. Na sua keynote, Couros refere ainda as ferramentas mais utilizadas para estabelecer comunicação num plano mais social, mas que simultaneamente é adoptada no meio académico e profissional. (Figura 1)
The Excellent Online Instructor [Podcast] Paloff, Rena & Pratt, Keith
Neste podcast, podemos perceber a conceção de Paloff e Pratt sobre o papel do e-professor e do seu posicionamento no processo e-learning. Assim, corroborando algumas da ideias já anteriormente apresentadas pelos demais autores, o professor deve estar “presente” no sentido de alguém que acompanha a acção. Tem de ser respeitador do processo de aprendizagem e estar confortável na utilização das tecnologias, competências essas, já avançadas por Anderson.
Teaching in Social and Technological Networks.Connectivism, George Siemens
Siemens refere no seu artigos alguns dos papéis que o professor desempenha no processo de ensino-aprendizagem, conforme se observa no esquema seguinte. Assim, aponta sete características do professor relativamente ao seu papel na formação. Mais uma vez registamos a proximidade de algumas dessas características relativamente às expostas pelos outros autores. Observamos o papel mediador que perpassa em cada uma das qualidades apresentadas.
BIBLIOGRAFIA / WEBGRAFIA SUGERIDA PELA UC:
Anderson, Terry (2008). Teaching in an Online Learning Context. In Anderson, Terry (Ed), Theory and Practice of Online Learning. Athabasca University: Au Press (2ª Edição).http://www.aupress.ca/books/120146/ebook/14_Anderson_2008 Theory_and_Practice_of_Online_Learning.pdf

Couros, Alec (2010). Teaching & Learning in a Networked World. Keynote na conferência Quest 2010 [Video e Slides]. Open Thinking. http://educationaltechnology.ca/couros/1890


Paloff, Rena & Pratt, Keith (2010).
The Excellent Online Instructor [Podcast]. Online Teaching and Learning. http://www.onlineteachingandlearning.com/podcast-palloff-pratt/

Siemens, George (16-02-2010). Teaching in Social and Technological Networks.Connectivism.
http://www.connectivism.ca/?p=220

 OUTRA BIBLIOGRAFIA / WEBGRAFIA CONSULTADA:
The Horizon Report (2010). Johnson, L., Levine, A., Smith, R., & Stone, S. Austin, Texas: The New Media Consortium. www.nmc.org/pdf/2010-Horizon-Report.pdf

sábado, 29 de outubro de 2011

Twitter IV – Reflexão final… (Semana 4)

Em jeito de reflexão final, é justo dar conta, do meu percurso enquanto “twitter”, sugerindo que esse percurso de apresente seguindo uma ordem cronológica dos acontecimentos.

Comunicação a 140…
Este é o limite de caracteres disponíveis para o utilizador do twitter fazer uso das mensagens e poder comunicar em rede com outros utilizadores. Numa primeira fase, após criação da conta, definição e alteração do perfil, estamos prontos para iniciar o nosso caminho nesta rede. Embora seja uma rede mais aberta que outras redes disponíveis, como é o caso do facebook, confesso que a percepção inicial é o da desorganização entre inúmeras mensagens que são colocadas a qualquer momento, dada a mobilidade que é permitida quer aos twitters quer aos followers, uma vez que os posts colocados são sempre susceptíveis de replies (respostas).

As “hashtags
As hashtags são os nossos guias dentro do Twitter. A colocação do símbolo # antes de uma palavra (tema) confere-nos proximidade e limita quer a nossa intervenção no twitter, bem como a pesquisa posterior de posts e respostas sobre um mesmo tema.
Seguir e ser seguido…
Quando pensamos na utilização da ferramenta quer em contexto pessoal, quer académico, quer até mesmo profissional, rapidamente observamos as suas potencialidades. Podemos divulgar em tempo útil, quase que ao minuto informação sobre determinado assunto ou acontecimento, dada a mobilidade que o sistema permite. Para tal contribui, em larga escala a sua utilização por diferentes gadgets.
A utilização das redes sociais
Se quisermos estabelecer uma primeira comparação e procurar fazer sobressair o que mais distingue o Facebook e o twitter, é dizer que enquanto redes sociais, o primeiro estará mais virado para as pessoas e o segundo para os assuntos, sendo possível criar esferas de acordo com interesses comuns e sobre um mesmo assunto. Não vamos trazer para esta discussão os números quanto à utilização porque entendo que nem sempre o número de utilizadores é sinónimo de maior utilidade ou produtividade da ferramenta.
Finalmente uma última palavra de agradecimento ao professor, pelo incentivo. Na realidade, aprende-se muito mais fazendo. O segredo é mesmo depararmo-nos com as nossas dificuldades e só assim conseguiremos avançar. Foi o que procurei fazer com o Twitter. Quebrar as primeiras más impressões e utilizar a ferramenta por forma a tirar ainda um maior partido. Foi este o caminho que me foi indicado e foi igualmente esse que procurei seguir.
BIBLIOGRAFIA (disponibilizada pela UC)
Guia_do_twitter_Pmol_blog.PDF
Twitter_Guide_Make_Use_of.pdf
WEBGRAFIA
http://ptwitter.blogspot.com/2009/06 (acedido a 29.10.2011)

domingo, 23 de outubro de 2011

Twitter III – Primeiros passos… (Semana 3)


Ao longo da terceira e última semana de trabalho debrucei-me sobre o Klout (uma ferramenta igualmente nova para mim). Mas com persistência tenho avançado.  

Nos outros dias tenho experimentado as potencialidades do twitter e as ligações com  o LinkedIn. (Até já faço convites para se associarem ao LinkedIn). Isto promete…

Ainda não tive muita oportunidade de explorar o Google Reader, mas acho que nos próximos dias vou ter essa oportunidade. E continuei a “twittar” ao longo da semana.

Na sexta-feira passada assisti à conferência MyMpel2011, via online.

Twitter II – Primeiros passos… (Semana 2)

Ao longo da segunda e terceira semana dei continuidade ao trabalho já iniciado na primeira semana, uma vez foram grandes as dificuldades na utilização do twitter, numa fase inicial. Estes foram dias de partilha e exploração e procurei seguir os conselhos do professor. Colocar as mãos nas teclas e twittar. Procedi a algumas alterações no perfil pessoal, nomeadamente a colocação da fotografia e algumas breves informações sobre a minha pessoa. Pesquisei sobre formas de publicação no Twitter e procurei outras potencialidades de utilização do twitter. Fiu igualmente “twittando” algumas dúvidas.

Twitter I – Primeiros passos… (Semana 1)


Embora com algum atraso, dou por mim ao fim de três semanas a reflectir sobre o twitter. São ainda primeiras impressões sobre as suas potencialidades e valências. A análise das funcionalidades básicas do Twitter prolongaram-se para além da primeira semana. Tenho tido oportunidade de após os receios iniciais, entrar mais a sério na utilização desta ferramenta.


Recorri à bibliografia dispensada pelo professor, e após algumas dúvidas iniciais comecei a “twittar”. Criei a minha conta no twitter estou a seguir outras pessoas não só deste mestrado, mas outras pessoas ligadas ao e-learning e esta temática. Não têm sido dias fáceis, mas tudo o que é novo e desconhecido tem destas coisas. Mas vale a pena e já estou a perceber algumas das suas funcionalidades.

Contributos para o entendimento do E-learning II

Techonology sets the beat and creates the music, while the pedagogy defines the moves.”

Anderson, 2009
Para inúmeros autores, como é o caso de Garrison (1985) e Nipper (1989), a Educação à Distância (EaD como hoje é amplamente conhecida), conheceu diferentes fases ao longo da História. Anderson e Dron (2011), referem na International Review of Research in Open and Distance Learning a este propósito e referindo os autores que, são três as gerações pelas quais foi emergindo o EaD. Assim, na sua opinião, a primeira geração corresponde à comunicação por correspondência postal. A geração que se lhe seguiu foi a comunicação através dos meios de comunicação de massas (televisão, rádio, cinema). Uma terceira e última geração que introduz as tecnologias interativas (áudio, texto, vídeo, web) e que hoje são potenciadas com a introdução de novos conteúdos e ferramentas para os utiliadores.

Simultanemente os autores do estudo Three Generations of Distance Education Pedagogy, fazem uma abordagem de três gerações diferentes ao nível da pedagogia e clarificam a ideia de que as três gerações coexistem na atualidade sem que cada uma delas tenha anulado por completo a anterior.

PEDAGOGIA COGNITIVA E BEHAVIORISTA
Watson, Thordike e Skinner são o rosto evidente da Pedagogia Cognitiva e Behaviorista que coloca o centro da aprendizagem no individuo salientando na aprendizagem e no processo de ensino e que podemos resumir no esquema apresentado a seguir:
                                        
Este processo era, portanto, um processo de aprendizagem individual em que prevalecia o isolamento e em que era inexistente o contacto social, característica noutra fase seguinte. Embora permitisse maior liberdade por parte do aluno, o papel do professor era também limitado na medida em que apenas poderia utilizar a mensagem escrita. No entanto, rapidamente se começaram a observar as limitações deste modelo, uma vez que cada um de nós não está sozinho, transporta consigo aprendizagens, valores e conhecimentos que lhe dão identidade, mas ao mesmo tempo, o tornam pertença de uma comunidade.

PEDAGOGIA SOCIAL CONSTRUTIVISTA

Vygotsky e Dewey foram os principais impulsionadores desta pedagogia. O professor é o mediador de uma aprendizagem que se pretende construída pelo aprendente. Ele é o guia do processo que é desenvolvido pelo aluno. Em paralelo esta pedagogia foi reforçada pelo alargamento da tecnologia e expansão da Web. No entanto, ao contrário do modelo anterior, a interação social é uma caraterística que o define. Esta opinião é corroborada por Kanuka e Anderson (1999).

PEDAGOGIA CONECTIVISTA
Siemens e Downes definiram esta terceira pedagogia como “learning is the process of building networks of information, contacts, and resources that are aplied to real problems.”
É por isso que se considera que o papel do aprendente (learner) é o de memorizar ou compreender tudo, mas ter a capacidade de procurar e aplicar conhecimento quando for necessário. Em sentido mais amplo podemos afirmar que para estes autores e seguidores, o conhecimento e aprendizagem emergem pela construção e manutenção das ligações em rede.

Segundo Anderson e Dron os conceitos de tecnologia e pedagogia estão interligados. Analisam as três teorias de acordo com três contextos: Presença cognitiva, Presença social e Presença de ensino.

No entanto, Siemens acrescenta ainda que estas pedagogias se desenvolveram quando as tecnologias não estavam ainda desenvolvidas. É por isso que Siemens entende ainda que a forma como entendemos o conhecimento varia ao longo dos tempos e de acordo com cada uma das pedagogias anteriormente apresentadas. Ao contrário dos behavioristas e dos cognitivistas, os construtivistas entendem que o aprendente constrói o seu próprio conhecimento e ao contrário do anteriores, perseguem a sua aprendizagem.
Siemens sugere ainda uma teoria de alternativa (conectivista) capaz de agregar conhecimento e tecnologia. Esta última, emergente na era digital, é capaz de libertar o aprendente para uma aprendizagem criativa e que se desenvolve ao longo da vida.
A complementar esta informação, Mayes and de Freitas (2004), citados por Conole, agruparam as teorias de aprendizagem em três grupos: associativa, cognitiva e situativa. 
Na minha opinião o e-learning, atualmente pode e deve ser conciliador das teorias apresentadas pelos diferentes autores. É igualmente consensual que um paradigma comum percorre qualquer uma das teorias e os intervenientes são comuns, pese embora o papel de cada um na construção do conhecimento ser diferenciado. Certo é que, a aprendizagem é à data, sinónimo de interação social e por isso a teoria alternativa proposta por Siemens parece-me que melhor ilustra a nossa era.

Bibliografia
Anderson, Terry & Dron, Jon (2011). Three generations of distance education pedagogy. IRRODL.
http://www.irrodl.org/index.php/irrodl/article/view/890.

Anderson, Terry (2010). Three Generations of Distance Education Pedagogy. IRRODL. [Elluminate Recording, Powerpoint Presentation & MP3 Recording].
http://www.irrodl.org/index.php/irrodl/article/viewArticle/865/1551.

Connole, Grainne (2011). Review of Pedagogical Models And Their Use In Elearning.
http://www.slideshare.net/grainne/pedagogical-models-and-their-use-in-elearning-20100304.

Lévy, P. (1999). Cibercultura, Instituto Piaget.


Siemens, George (12-12-2004). Connectivism: A Learning Theory for the Digital Age. elearnspace.

http://www.elearnspace.org/Articles/connectivism.htm.